Mensagem de Maria Madalena canalizada por Pamela Kribbe

Tradução de Vera Corrêa (áudio anexo)

Queridos amigos, eu sou Maria Madalena. Venho a vocês como uma irmã, uma pessoa igual a vocês; eu sou una com vocês. Sintam meu coração, minha energia no meio de vocês. Eu me movo entre vocês neste círculo, e me alegro com seu encontro aqui. 

Vocês são as Flores da Terra. Vocês carregam em si uma beleza de alta vibração, um amor pela Terra e por todos que vivem aqui; as árvores, o vento, as rochas – todos lhes são caros. Vocês estão conectados com o todo da Terra. Vocês são as Flores da Terra em sua aparência, em seu sorriso, em seu olhar. 

Cada um de vocês emana uma vibração, uma alegria, uma evolução interior que é contagiante, que afeta e trabalha em todos que estejam abertos para ela – é a luz interior que você traz dentro de si e transmite para o mundo. Ela se irradia de você – ela é quem você é. Quanto mais você se apropria dessa luz, para poder desfrutá-la com plena consciência, e quanto mais você a reconhece e permite que ela permaneça em você, mais clara e visível ela se torna para todos os seres que você encontra; para os animais, para as plantas, bem como para os seres humanos. 

Mas, para algumas pessoas, pode ser difícil reagir à sua luz, porque a sua luz as confronta com partes delas mesmas que não estão na luz, partes que geralmente elas querem manter ocultas. Sua luz pode apontar para essas partes delas, que podem “arder ao serem tocadas”, sem que você saiba que isto está acontecendo. A luz projeta uma sombra profunda para essas pessoas, tornando-as conscientes das partes perdidas de si mesmas; e isto às vezes leva-as a se afastarem de você, por não serem capazes de tolerar a luz.    

Vejo que essa reação fere você quando isso acontece, e pode fazer com que se envergonhe da sua luz e se pergunte se a sua luz é bem-vinda neste mundo. Muitos de vocês se humilham de forma não natural e tendem a reter a preciosa luz da sua alma que deveria brilhar aqui na Terra.

Entretanto, você é capaz de interagir com a natureza, porque ela está aberta para a sua luz, para a energia da sua alma. Com a natureza, você não sente nenhuma barreira, nenhuma resistência. É por isto que muitos de vocês são profundamente conectados emocionalmente com o mundo natural, seja o reino vegetal, o reino animal ou até o reino mineral. É aqui que você pode deixar sua energia fluir para fora; e isto lhe faz bem. Isto o relaxa, pois é natural que você queira se expressar.

É natural que você se expresse onde quer que resida no universo. Mas houve momentos, aqui na Terra, em que você sofreu uma resistência intensa ao tentar se expressar, não somente nesta vida, como também em vidas anteriores, pois você já esteve aqui antes. Essa resistência deixou impressões tão profundas em você, que agora você ficou mais vigilante e adquiriu a tendência a se retrair. E devido à sua reação, a luz é menos capaz de se irradiar plenamente como poderia. 

Esse recuo da sua luz, do seu ser, da sua essência, magoam você, porque esse não é um movimento natural. O natural é a luz brilhar, irradiar; a luz quer brilhar para fora; ela quer iluminar e aquecer tudo, portanto não é natural reter esse movimento. E o que acontece quando você faz isso? Sinta, por um instante, o que a retenção da sua luz faz com você. Observe o que acontece com sua luz, com sua força natural, quando você entra no mundo humano. 

Imagine que você está caminhando na natureza. Você anda com entusiasmo e descontração, desfrutando do ar, da vegetação, do solo sob seus pés, dos animais e das plantas que vê ao seu redor. Observe como você se sente nesse ambiente, o que você irradia para o mundo natural à sua volta. Você enxerga tudo, porque tem a capacidade de observar os mínimos detalhes: a beleza de uma pétala de flor, um cogumelo, um sapo. Você sente uma conexão intuitiva forte com a vida ao seu redor, e essa vida o enxerga também; ela tem consciência de você. 

Perceba, por um instante, como as árvores, as pedras e as plantas olham para você. O que elas veem em você quando você anda por aí, tão feliz e despreocupado? Elas experimentam uma consciência mais elevada que vem de você, porque você está trazendo a Luz Cósmica para a Terra. Veja o que acontece com elas e com todos os seres vivos, quando você irradia essa luz naturalmente. Dê uma atenção especial a um ser específico –  seja uma pedra, uma planta ou um animal – e então veja o que acontece quando você permite que a sua luz flua para esse ser. 

Sinta a singularidade que ele enxerga em você. O fato de você estar aí faz com que esses seres fiquem alegres e felizes. Sua energia é poderosa e curadora; e ela injeta uma centelha de consciência na natureza. Sinta essa conexão profunda com a Terra, e com o seu próprio poder e sabedoria. Seu coração é terno, suas percepções são sutis. Você é sensível a todo tipo de fluxo de energia e, ao mesmo tempo, é poderoso. Você coloca seus pés solidamente no solo e caminha com passos firmes, e sabe para onde quer ir. Você é livre! Você é independente! 

Agora vá mais longe ainda em seu caminho, e entre no mundo humano. Imagine-se entrando em um local onde vários tipos de pessoas estão presentes, sentadas em pequenas mesas, ou conversando umas com as outras. Ou pode visualizar-se em um ambiente de trabalho. O importante é que você olhe para um ambiente humano e perceba o que ele lhe causa. Você consegue manter a sua energia natural quando está aí? Existe algum ambiente da sua vida diária, no qual as pessoas são capazes de receber a energia que você irradia na natureza? Existem pessoas ao seu redor que conseguem receber a sua energia do mesmo modo que os seres sensíveis da natureza a recebem? 

Por que foram criados bloqueios em você? Porque existem situações no seu ambiente humano nas quais você sente que sua energia não flui muito bem; nas quais você sente medo, dúvida e necessidade de se afastar. Perceba o que esse sentimento provoca em você no nível físico, e observe isso com um sentido de calma e interesse, sem nenhum julgamento. Olhe para a parte do seu ser onde a sua energia fica estagnada quando você está em um ambiente onde ela não é bem recebida. E pergunte a si mesmo: “O que é necessário para que a minha energia flua nessa parte de mim?” 

Existem duas possibilidades: ou você muda alguma coisa em si mesmo, ou você se retira dessa situação. Veja se consegue sentir qual é a melhor opção. Em um ambiente no qual sua energia não é bem recebida, existe potencial para mudança? Existe alguma possibilidade que não foi utilizada? Ou está na hora de abandonar esse ambiente? Há algum ambiente diferente que o atraia ou chame a sua atenção? Não é preciso visualizar esse ambiente, mas, se ele existir, você pode conectar-se internamente com ele à distância. 

O que eu quero lhe dizer hoje é que você não deve se contentar com nada que não seja o melhor para você. O ser que você é, o seu Eu radiante, natural, como você se viu na natureza, precisa estar presente na sua vida diária. Esse “Eu” lhe dá alegria, entusiasmo, uma sensação de felicidade, de ressonância e harmonia com seu ambiente. Assim você faz parte do todo – você dá e recebe, e este é o modo natural. 

Se sentir que isto não pode acontecer no seu ambiente atual, não tenha medo de criar mudanças. Não é natural viver uma vida limitada, contraída, sentindo que você deve esconder-se. Não diga a si mesmo: “Não tem jeito, não dá pra ser diferente. De qualquer maneira, já estou acostumado com isso.” É hora de fazer mudanças! Não só para você, mas para o mundo e a sociedade como um todo. E você é exatamente um daqueles que podem ser exemplos de uma outra forma de ser, de uma forma mais original de ser. 

Lembra-se de quando você caminhava livremente na natureza e sentia o seu corpo? Lembra-se como você conseguia inspirar pelo abdome? Lembra-se como podia ficar de pé na Terra, com seus dois pés firmemente assentados no solo? Invoque essas sensações novamente. Sinta, no seu corpo, a energia daqueles momentos de paz e alegria. Perceba como, nas partes mais baixas do seu corpo – abdome, cóccix e pernas – você se sente apoiado pela Terra; e lembre-se da sensação de mover-se livremente e não sentir vergonha de quem você é. isso é aterramento; isso é ser bem-vindo; isso é pertencer. 

O que acontece quando você encontra resistência em um ambiente humano é que você se afasta das suas emoções e, então, sua energia se move, quase automaticamente, para a metade superior do seu corpo. Você não se sente mais confortável e à vontade em seu abdome e, assim, você se retrai. Como resultado disso, podem surgir emoções distorcidas, como dor, ansiedade, raiva, frustração, e até amargura. E essas emoções o fazem pensar: “Isso não deveria ser assim; isso não está certo!”, e, deste modo, você se afasta da sua parte mais original. Entretanto, as emoções que surgem do confronto com o ambiente humano contam-lhe quem você realmente é, e mostram-lhe o que você mais quer. É por isto que é importante permanecer no abdome, pois seu abdome é a sede dessas emoções. 

As mulheres, especialmente, foram ensinadas a enxergar as relações sociais com simpatia e compreensão; e acabaram adotando um tipo de vontade de servir. Mas esse tipo de serviço, de servir de forma modesta a fim de manter a paz e evitar conflitos, não pertence à energia da alma delas. Isto só pode acontecer quando a mulher está fora do seu abdome, por assim dizer. Ela está doando, mas não está mais recebendo. E isto acaba criando um vazio dentro dela, um sentimento de solidão e descontentamento, de não estar conectada com a Terra e com sua própria paixão, sua alegria e inspiração. 

Peço-lhe que ocupe o seu abdome e que se sinta à vontade aí. Seja uma mulher terrena ou um homem terreno, e ouse mostrar o que você sente, mesmo que essas emoções sejam de rebeldia, porque elas são portadoras da verdade. Os conflitos que você está vivenciando com o seu ambiente existem por uma boa razão; eles o conscientizam de quem você realmente é. Ao expressar suas emoções de uma forma responsável, com sinceridade e abertura em relação aos outros, você oferece à outra pessoa a oportunidade de aprender algo com você e, assim, tornar-se consciente das suas próprias emoções reprimidas. Dessa forma, você traz um fluxo natural de volta à Terra. 

Agora lhe peço que desça conscientemente ao seu abdome. Permita que sua consciência flua para baixo até a área da sua pélvis, com suas raízes indo para a Terra. Aí reside o seu próprio poder, sua singularidade. Permita que um símbolo surja do seu abdome, algo que lhe diga o que você precisa agora para aterrar-se apropriadamente e para estar aqui com a luz da sua alma. Pode ser que surja um animal forte, ou um símbolo mais abstrato, ou uma criança, uma árvore, uma flor… Deixe-o emergir naturalmente dentro de você. 

Está tudo bem, porque você está mergulhando profundamente em seu corpo terreno e é capaz de relaxar no seu corpo para ser quem você é. Ouse mostrar-se para o mundo lá fora, e confie naquilo que esse símbolo quer lhe mostrar, que também pode ser um símbolo muito poderoso, como um dragão, uma fogueira, uma espada. Confie nos sinais do seu corpo, especialmente nos sinais das suas emoções “inferiores”. São exatamente essas emoções que querem lhe indicar o caminho de volta ao seu estado natural de ser. 

Quando você é natural, você é bom, exatamente como quando caminha inocentemente na natureza; sintonizado, espontâneo, natural – é isto que você realmente é. As emoções sombrias surgem quando o seu fluxo natural é suprimido. Ao mesmo tempo, essas emoções sombrias lhe contam que você está traindo a si mesmo. Elas são um pedido seu para que você mesmo restabeleça o equilíbrio em sua vida. Então, trabalhe junto com essas emoções. Acolha-as e restaure o equilíbrio e fluxo naturais.

© Pamela Kribbe www.jeshua.net/ 

Tradução de Vera Corrêa veracorrea46@gmail.com 

---